O mundo BDSM é permeado de uma série de preconceitos quanto aos fetiches, práticas e fantasias que o envolve. Algumas ficções como a franquia 50 tons de cinza, de Erika Leonard James, e a pornografia cumprem uma importante etapa em fazer as pessoas se questionarem sobre as diferentes formas de se desfrutar o prazer sexual, porém apresentam uma imagem deveras distorcida sobre o BDSM de verdade.
Então ponha-se de joelhos que estamos começando mais uma Quinta da disciplina.
O sexo tem muito mais haver com o indivíduo do que com o meio onde ele está. Então, apesar de cada cultura tentar ditar as formas “certas” e “erradas” cabe a cada um de nós elevar o grau de autoconhecimento a fim de desvendar aquilo que nos excita ou o que não passa de uma mera influência.
Os fetiches tratam exatamente disso, atribuir um poder, muitas vezes sexual a objetos, situações e conceitos que não têm originalmente algo relacionado ao sexo. E neste ponto as variações são infinitas pois envolvem as experiências e interpretações de cada um, mesmo que tenham aqueles que são mais comuns.
São aqueles onde a carga sexual está depositada em um objeto mas não necessariamente em seu uso prático. A textura, o formato, o cheiro, os conceitos envolvidos e todas as formas que esta coisa tem de estimular os sentidos são levados em conta como catalisadores prazer.
Exemplos comuns são pessoas que tem taras em determinadas peças de roupa, com motos, partes do corpo, etc...
Aqui o conceito se amplia pois ele envolve mais as práticas do que aquilo que é usado nelas, porém não exclui uma combinação com os fetiches por objetos. Uma pessoa pode ter o fetiche por ser pisada enquanto outra pode preferir que isso seja feito por pés descalços ou por coturnos.
Este é o ponto mais profundo do BDSM pois os conceitos abraçam uma grande quantidade de práticas e objetos. O próprio bondage é um conceito bem abrangente já que a imobilização pode ocorrer por meio de cordas, correntes, roupas apertadas, mas também pode ser por hipnose ou ordens.
Apesar de parecerem com os fetiches as fantasias são mais fugazes e se prendem muito mais a uma situação de simulação do que nas práticas em si. Muitos baunilhas podem espiar o mundo BDSM estimulados por suas fantasias, mas acabam se arrependendo por se envolverem em situações que não corresponderam ao imaginário que tinham da situação.
A forma que conheço e considero como eficiente é procurando o autoconhecimento, se masturbando e prestando atenção nas coisas que lhe vem à mente, sensações, pensamentos e ideias mirabolantes. Junte as mais constantes e tente colocar em prática gradativamente sem pensar em como qualquer outra pessoa além de você se sente quanto a isso. Escrever sobre, ou até meditar um pouco ajuda.
Tente não sentir culpa ou transformar em uma piada, mesmo que seu fetiche seja transar com um gordão peludo enquanto ele come um delicioso pedaço de pizza. E caso alguma prática lhe traga remorso procure um terapeuta para entender de onde vem este sentimento ruim.
Este é um teste de afinidades bem amplo que envolve várias práticas do BDSM.
Está em inglês, caso não entenda pode usar o Google tradutor, mas é importante que seja sincero. Quem já fez é interessante repetir em outras ocasiões e comparar os resultados.
Mestre Borges
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