A seleção


Viver de esportes não é fácil. Então, quando surge uma proposta grande ela acaba sendo muito concorrida. Era uma empresa farmacêutica que queria um fisiculturista para representar seus produtos. No contrato o representante receberia a nova linha de suplementos e esteroides deles, viagens para grandes eventos pelo mundo, além de um cachê considerável.

Na primeira entrevista um dos avaliadores deixou claro que eles não queriam nenhum profissional ou alguém muito famoso nas redes sociais, pois a ideia era mostrar que os produtos deles poderia levar mesmo um amador aos grandes campeonatos. Para mim isso era ótimo, pois cumpria muito bem este pré-requisito.



Na etapa seguinte passamos por uma avaliação médica. Achei um pouco estranho isso acontecer antes dos ensaios pré-eliminares. Porém um colega disse que isso era por conta dos caprichos do avaliador, um juiz super conceituado do mundo do fisiculturista chamado Dolton Marion.



Passei, mas resolvi pesquisar quem seria o avaliador, talvez isso me desse uma vantagem no dia seguinte. Havia pouca coisa sobre ele na internet fora uma lista imensa de campeonatos que ele já havia julgado e artigos científico publicados. Quando estava quase desistindo achei uma entrevista na qual ele dava muitas respostas previsíveis e padrões para uma repórter inexperiente. O vídeo falava sobre atletas LGBT no fisiculturismo e a entrevista não tinha quase nada haver com o esporte, mas uma das perguntas me chamou bastante a atenção, deixando claro o real objetivo do exame médico.

"- E qual seria a pior parte do seu trabalho?
Marion: É bem pessoal, mas detesto os fisiculturistas que ficam esfregando seus paus grandes na cara dos jurados. Alguns nem lavam o pinto direito achando que o fato de ter um juiz gay ele vai dar pontos a mais por ver um pau. Isso é uma falta de respeito. O caralho deles não me interessa, só quero avaliar a estrutura muscular."


Na manhã seguinte juntei meus menores suportes atléticos e tentei ao máximo esconder meu pau. Mas toda vez que colocava um sentia ele roçando no meu cu e logo ficava muito excitado. Tentei esconder minha ereção de várias formas, mas a única que deu certo foi usando um cinto de castidade que comprei de última hora em um sexshop qualquer.


Cheguei quase atrasado e os outros dois candidatos já estavam prontos quando comecei a trocar de roupa. Eles estavam bem relaxados enquanto liam o roteiro, eu nem sabia que tinha um roteiro. Peguei as folhas de última hora e vi que teríamos que fazer poses específicas em determinadas marcações do palco, cada um tinha uma sequência diferente e eu tinha que decorar a minha o mais rápido possível.


Entramos nervosos, uma fumaça subiu e uma música monótona começou a tocar. Foi dado o sinal para começarmos, o avaliador nos olhava atento de outra sala, falava por auto-falantes, ás vezes interrompia e pedia para recomeçarmos.

Em um dado momento comecei a ficar excitado, os padrões das luzes, a música estranha que estuprava meu cérebro e um cheiro intenso na fumaça estavam explodindo meus desejos sexuais. Mas como meu pau estava trancado no cinto de castidade ainda tinha o mínimo de sanidade para continuar com minha apresentação.

Os outros dois candidatos não aguentaram, começaram a se masturbar, depois fizeram um 69 e finalmente começaram a brigar para tentar ver qual dos dois iria penetrar. Ver aquilo estava me deixando louco, meu pau e bolas doíam na gaiola, mas meus desejos insistiam em extravasar, quando fiz a última pose um estupro estava acontecendo do meu lado, os outros dois não aguentaram e um deles acabou sendo fodido. Mesmo assim eu não era menos pervertido pois minha tanga estava completamente melada de porra e mijo...



Duas semanas se passaram depois disso. A minha vergonha não havia passado pois sabia que não tinha sido selecionado. Melhor assim, não conseguiria encarar o juiz e CEO da empresa Dolton Marion depois daquele vexame. 

Porém veio a ligação do jurídico me chamando para preencher o contrato. Neste momento esqueci tudo que aconteceu no palco, me vesti formalmente e fui assinar meu passaporte para o sucesso.

-=-=-=-=-=-=

 Um ano se passou. Eu usava apenas os esteroides e suplementos do meu patrocinador e já havia viajado o mundo todo. Nunca estive em forma física melhor, muito menos tão rico, mas estas não foram as únicas mudanças na minha vida. Já não conseguia mais ficar sem um cinto de castidade, meu pau já estava bem pequeno por conta disso. 

Como se não bastasse o senhor Marion adorava me foder várias vezes ao dia com seu caralho enorme. Ele me dizia que o momento que ele mais gostava era quando eu gozava com o pau aprisionado e coberto pelo suporte atlético, isso também já tinha me viciado para sempre.


Mestre Borges


Um comentário: